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sábado, 5 de setembro de 2015

"Vitimistas"

Engraçado como as pessoas "vitimistas" gostam de se sentirem abaixo de todos. Se elas soubessem o quando isso não dá o efeito que elas esperam como o sentimento de dó, de colo e carinho, nossa... Ao contrário, isso só traz sentimento de desprezo, ranço e raiva.
Falando por mim, tenho vontade de chegar
e dizer:

__Olha, o mundo não gira em torno do seu umbigo, tão pouco vai parar para que você seja notada. Uma dica, seja verdadeira, honesta nas atitudes, produza, sorria de verdade, e, o principal de tudo, aceite a sua vida sem invejar as dos outros, pois tudo que os outros têm de bom é por suportarem os contratempos. Eu vivo minha vida numa boa, mas isso é por saber driblar as ruins, tudo isso sem chororô e coitadismo. Como diz a sabedoria popular;

"Querer ter minha vida é fácil, quero ver ser eu para consegui-la."

Desfragmento Papiro séc.XXI n. 71

___________Beatriz Cavalcante Galvão

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

HOJE RESGATEI UM HUMANO

Os seus olhos encontraram os meus, enquanto ela caminhava pelo corredor olhando apreensivamente para dentro dos canis. Imediatamente senti sua necessidade e sabia que tinha de ajudá-la. Abanei minha cauda, não tão entusiasticamente para não assustá-la.

Quando ela parou em frente ao meu canil, tampei sua visão para que não visse o que eu tinha feito no canto de trás. Não queria que ela soubesse que ninguém ainda havia me levado para um passeio lá fora. Às vezes, os funcionários do abrigo estão muito ocupados e não gostaria que ela pensasse mal deles.

Enquanto ela lia as informações a meu respeito, no cartão pendurado na porta do canil, eu desejava que ela não sentisse pena de mim, por causa do meu passado. Só tenho o futuro pela frente e quero fazer diferença na vida de alguém.

Ela se ajoelhou e mandou beijinhos para mim.
Encostei meus ombros e minha cabeça na grade, para confortá-la. As pontas de seus dedos acariciaram meu pescoço; ela estava ansiosa por companhia. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto e, então, elevei uma de minhas patas para assegurá-la de que tudo estaria bem. Logo, a porta de meu canil se abriu e o seu sorriso era tão brilhante que, imediatamente, pulei em seus braços.

Prometi mantê-la em segurança.
Prometi estar sempre ao seu lado.
Prometi fazer todo o possível, para ver aquele sorriso radiante e o brilho em seus olhos...
Tive muita sorte dela ter vindo até meu corredor.
Há ainda tantas pessoas por aí, que nunca caminharam por esses corredores...
Tantas para serem salvas...
Pelo menos pude salvar uma.

Hoje resgatei um humano !!!

Autor: Desconhecido
Tradução: Robson Nascimento

Desfragmento Papiro séc. XXI n. 70

Ah os poetas...

... estes tem um dom sobre mim, sobrenatural. Visito as estrelas, aceito casamento com os anéis de saturno, aprendi a morrer e viver mais de uma vez, e vou ainda muito além. 

Sem nenhum toque, aroma ou sabor, consigo sentir o gosto das cores, são tantos sabores. 

Parada, vezes até de olhos fechados, caminho estradas poucos percorridas pelos desatentos. Pasmem, nunca me perco!

Num estalar de dedos, aqui estou renovada em resplendor, lá se foi mais um disco voador.  

Segredos batidos em vitaminas, são aspirinas a minha dor, sem codinome, mas com asas de beija-flor.

Guardados num cofre, aprendi quem são meus pais, bastou sentir a queda do quinto andar para não deixar que meu filho sofra mais

Tacando fogo na estante com a bebida escondida, atendo a visita que se intriga, tanto fogo lá fora e minha boca torta dando risada.

Só os poetas, só eles sabem o que é isso, faz graça, nem bota fé em tudo que digo. Vou na deles. Sigo! Insisto! Consigo!



Desfragmento Papiro séc. XX n. 70
Beatriz Cavalcante Galvão

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

...anjos...

Os anjos estão por toda a parte, apenas ocultam suas asas para poder estar entre nós. Cuidado! Não espante o seu!


Desfragmento Papiro séc. XXI n. 69
(Beatriz Cavalcante Galvão)

Quem tu és neste Tempo?

Isto sou exatamente...
Cada linha é um pouco de mim,
As vezes nem sempre na ordem desejada
Porem, é perfeitamente no tempo certo! 

Desfragmento Papiro séc. XXI n. 68
Beatriz Cavalcante Galvão

Dia de poesia

Hoje é um daqueles dias,
Eu, lápis e poesia.
Chuva fria,
Frio intenso;
Certo para todos,
Chá e cobertor.

Maluca convicta,
Acredito saber viver a vida.
Fujo do fuso horário,
Crio meus próprios itinerários.
Passos lentos,
Ligeireza nas idéias;
Corro contra o Tempo.

Não meu, nem seu,
Ninguém sabe ao certo à quem pertencer.
Ele sou!
Ele é você!
Tempo dono do mundo!
Senhor quem faz viver,
O mesmo faz morrer!

Renascer!

Desfragmento Papiro séc. XXI n. 67
(Beatriz Cavalcante Galvão)