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sexta-feira, 15 de maio de 2015

A VIDA É UM INSTANTE

Viver não é pra qualquer quer um, disso eu tenho certeza. 
Outro dia algo me chamou atenção, nas loucuras do mundo moderno corria para não me atrasar a um compromisso, quando passei em frente a um velório, não pude conter a curiosidade em saber se o falecido era jovem ou senhor, então com delicadeza e respeito que a ocasião exigia, fui adentrando devagar até me aproximar do memorial onde estava escrito "Luiz Cruz Dias -  20/10/2010  13/05/2015"¹. Senti uma tristeza me invadir o peito, e peguei a imaginar quantas coisas lindas esse anjo poderia desfrutar, realizar sonhos, ter família e tudo mais que é belo neste mundo terreno. E como se os céus tentassem me responder ouvi uma mulher dizer a outros que tentavam lhe consolar: "_Estou triste sim gente, queria mais um pouco de tempo... Mas sou grata, pois ele mudou a minha vida, me fez melhor, mais paciente e me devolveu a fé." Intrigada com o desabafo dessa mulher, que pelo jeito só podia ser a mãe, perguntei a uma outra pessoa que estava ali o que tinha havido com o pequenino, e a resposta me tirou o chão completamente. A criança quando nascera foi desenganada pelos médicos, diagnosticaram uma doença rara, esta que o mataria antes dos 5 dias de vida, sendo um presente para a família ter ficado mais 5 anos. 
Sai dali tomado por mistos de emoções, num instante feliz, noutro triste, quando dei por fé já não adiantava mais correr, perdi completamente o horário do tal compromisso. Então resolvi parar numa praça e observar a paisagem, ali tinha casais de namorados, senhores brindando os bons tempos numa partida de dominó, esportistas correndo, cãezinhos saltitando pelo gramado, tudo tão belo. Foi quando entendi, a vida segue seu curso, indiferente de quem esteja feliz ou não, ela nos permite usufruí-la da forma que quisermos, depois nos entregará a sua irmã MORTE, esta sim cobrará tudo que fizemos a sua irmã VIDA. 
Viver é um instante, seja rápido, VIVA!


Brindando a vida lhes ofereço este belo poema

¹nome e datas fictícias

Desfragmento Papiro séc. XXI n. 35
(Beatriz CC Galvão) 

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